E DE REPENTE, toda a história novamente...

Buenas! Com muita alegria quero divulgar que está vindo ao mundo umA meninAAA! Sim, é a Isadora chegando aí geeente! Estamos com 24 semanas (5 meses), cada vez mais redondinhas (ou melhor, a mamãe aqui, pois a pequena está com 596 gramas!) e cada vez mais ansiosos para que JUNHO chegue logo!
Volto a postar um texto, de minha autoria. Beijos a todos.
(*Jeanine de Moraes)

E DE REPENTE, TODA A HISTÓRIA NOVAMENTE
A gente vive num mundinho pequeno, onde nada interfere aquele “campo de força” que cerca nossa casa, nosso quarteirão. Nosso pai é nosso herói, e a mãe, nossa! Como ela é uma grande mulher! Será que vou ser assim quando eu crescer?
Num belo dia a gente se dá conta de que o mundo vai muito além daquela esquina, e começamos a perceber e ver tudo e todos ao nosso redor com outros olhos .
Deixamos de ser crianças e passamos a entrar para o fantástico-mundo-daqueles-que-têm-responsabilidades.
No começo é escovar os dentes, se comportar – como uma moça – não brigar com as irmãs, obedecer aos pais, os avós, os tios, estudar, fazer tema de casa...
Aos poucos a gente cuida do irmão mais novo, lava louça, e não passa mais fome esperando a mãe chegar, se vira. Estamos nos tornando “gente grande”.
Aprendemos que os pais não são eternos. Que a violência na ocorre apenas na televisão, e que grandes desastres podem acontecer ali na casa ao lado, bem como na nossa.
Uns vão, outros vêm.
Por incrível, aqueles que julgamos serem os bons, é que vão primeiro. Por que será, heim? Se é assim, então, pronto! De hoje em diante não serei mais boazinha!
Mas, não é bem assim. Todo o cuidado é pouco. É preciso muita atenção ao atravessar a rua, e principalmente em tomar decisões, ainda mais quando se trata da nossa própria vida.
Aqui é a realidade. Não posso mais correr pro meu quarto, e me esconder do mundo.
Não somos coadjuvantes, somos os protagonistas da nossa História.
Por muitas vezes dá até vontade de ficar ali apenas como um mero figurante. Lembrei de uma frase meio estúpida, mas que cabe aqui "às vezes é melhor ficar calado deixando que os outros pensem que você é um idiota, do que abrir a boca e não deixar nenhuma dúvida.".
Com o passar dos anos os dias podem parecer iguais. Dezembro, janeiro, fevereiro é aquele calorão. Chove, faz sol, abafa. Em março e abril os dias já ficam menos ensolarados, mais cinza. Em maio começa a ficar mais fresquinho. Em junho, julho, agosto é frio. Em setembro começamos a nos alegrar novamente. E outubro e novembro já é quase verão, já é quase final do ano, e já começamos a ouvir aquela velha frase “lá se vai mais um ano”, ou então aquela que me dói os ouvidos “nossa! já estamos quase no final do ano, como o ano passou rápido!”.
Se não vivermos algo que valha a pena, se não tivermos emoções, o que passou foi apenas mais um ano, e o próximo tende a ser igualzinho.
Não querendo se pessimista, mas morrer sempre alguém vai. Um parente, um vizinho, um amigo, um famoso. Adoecer, se recuperar faz parte da vida, e dá forças para vermos quão valiosa é a vida.
Felizmente também há nascimentos. Felizmente anjinhos vêm ao mundo para encher a vida das pessoas. Crianças são seres divinos, enviados por Deus, para dar uma agitada na mesmice e para fazer ressurgir aquela criança que fomos um dia, onde a gente vivia num mundinho pequeno, onde nada interferia aquele campo de força, que cercava nossa casa, nosso quarteirão.
(*Jeanine de Moraes)