MUDANÇAS

Faz parte da vida o amadurecimento e o crescimento intelectual, pessoal e emocional.
Nada fica para sempre, tudo muda. As coisas mudam.
As pessoas mudam. A maioria melhora, mas muitas, infelizmente, pioram.
É pessoal, cada um tem um ritmo, vontade, e percepção de que essa vida é única.
Às vezes a dor, que ensina a gemer, é que faz as pessoas perceberem como somos frágeis.
Às vezes a perda nos faz dar mais valor. Perder também é ganhar.
Se a água, batendo, batendo consegue modificar uma pedra, imagine as experiências que a vida nos proporciona!
Todo mundo deveria pensar um pouco nesse mistério que é a vida.
Nascemos, crescemos e morremos. Será que é utopia pensar em viver bem?
Acredito que chega um momento, sempre chega, tarda, mas não falha, o momento em que percebemos que nada nessa vida é para sempre.
Existem situações, momentos que nos proporcionam isso. Depende de como encaramos.
Não sou uma pessoa infeliz, estou infeliz. Não sou uma pessoa burra, é só buscar o conhecimento. Não sou uma pobre coitada, descruze os braços e vá à luta. Ninguém me ama, ninguém me quer? Não é bem assim...
Querendo ou não, as pessoas mudam. Os pensamentos mudam. É a evolução.
E, querendo ou não, a vida muda você. Seja na alegria, seja na tristeza.
Temos sonhos, planejamos nosso futuro para daqui 5, 10, quantos anos?
Olhe para trás, quanta coisa você viveu, quantas experiências.
Agora olhe para você hoje. Quanta coisa aconteceu? E o que mudou?
Se pouca coisa mudou, cuidado.
As pessoas que entram em nossa vida sempre entram por alguma razão, algum propósito e sempre deixam algo na nossa história. Assim como deixamos também.
Se você conquistou grande parte dos seus sonhos: que ótimo! Parabéns!
Nem tudo o que fazemos, sentimos ou queremos acontece do jeito que havíamos planejado. Basta olhar ao redor pra notar que nem tudo é do jeito que você planejou, não aconteceu como o imaginado.
A vida é assim. Não tem roteiro, script, e os personagens mudam.
Por um lado isso é bom. Tão bom ser surpreendido!
É importante ter metas, planejamento, sonhos. Mas, o mais importante é colocá-los em prática, correr atrás.
Às vezes nossos projetos mudam, por alguma razão, e aí cabe a nós avaliarmos e vivermos a vida.
O futuro é uma incógnita. Ninguém está destinado a ser infeliz.
Depende unicamente de você mesmo. Não coloque a sua vida nas mãos de outra pessoa.
Pensar é transgredir, como bem descreve Lya Luft em seu livro do mesmo título.
Por isso, pense, reflita, medite. Leia, estude, se divirta. Faça valer a pena a sua existência.
Mude! Aprimore seus conhecimentos. Mude o cabelo, o jeito de se vestir. Coma algo diferente. Viaje. Assista um bom filme. Visite seus amigos. Saia para dançar. Passe horas num bate-papo. Faça algo que goste! Tenha prazer! Faça qualquer coisa, mas que valha à pena!
Ter atitude e coragem é primordial. Não tenha medo de ser feliz.
Só depende unicamente de você.
Nada é para sempre.
* Jeanine de Moraes

PRODUTO perecível

Parecemos fortes quando estamos saudáveis, felizes, bem sucedidos, realizados de alguma forma. Mas a vida é muito frágil.
Nosso corpo pode, e irá, parar em algum momento.
Parece assustador pensar assim, que este pode ser o último momento nesta vida.
Mas, a única verdade absoluta é o fim.
De fatos somos um produto perecível.
Nossa existência tem influência direta na existência de outrem, e assim vice-versa.
Uma ação não tem apenas uma reação, mas várias.
A maioria das pessoas não gosta de falar sobre a morte, eu também não, me dá uma saudade, e ainda um espaço vazio, mas não é disso que eu quero falar aqui.
Quero dizer que, de outro lado, até a morte tem algo de bom: analisar a vida.
E essa análise se faz necessária, e deveríamos ter um momento para essa reflexão de tempos em tempos.
Você já parou para pensar que este pode ser, de fato, o último dia, ou o último mês, ou o último ano de sua vida?
Já pensou que a sua História pode estar próxima de um fim?
Calma! Não quero assustar nem deprimir ninguém.
Apenas dizer que deveríamos olhar para dentro de nós mesmos, não apenas em preocupação com a saúde do corpo, mas também com a da alma.
Se não, apenas nos velórios é que iremos “lembrar” que a vida sim é frágil, e que aquela pessoa que está lá, apenas recebendo olhares, lágrimas e orações, poderia ser nós... e um dia será!
Pena que esse sentimento “pós velório” passa rápido.
Pena que as promessas de enviar aquele e-mail, de ligar, de mandar um cartão/carta via correio, de visitar aqueles que tanto amamos, passa já na semana seguinte.
Desculpas sempre temos, e muitas.
É uma pena. É muito triste.
Se o ontem que vivemos faz parte da nossa História, ou seja, do nosso passado, como tu tens escrito o teu hoje, que em pouco tempo também será mais um capítulo do teu passado?
É preciso, é urgente dar valor aqueles que merecem.
E será que eu mereço? O que eu andei fazendo de especial na vida de alguém para que eu seja lembrada?
Se tu não te lembras... olha, está na hora de começar a se mexer, e estar presente na vida daqueles que te querem bem.
Ação gera reação. É como reflexo do espelho.
Pense e viva, pois o produto é perecível.
Somente tem data de fabricação... e a validade não cabe ao fabricante informar, e muito menos eu sei, ou tu sabes...
Só sabemos que um dia tudo acaba.
Como disse meu amigo Cristiano Castilho dos Reis “nos cabe pensar, viver, nos divertir, amar, trabalhar, comer, beber, ouvir, falar, exercitar... enfim, são alguns 'conservantes' para aumentar a data de validade do produto”.
Concordo plenamente. E tu?
(*Jeanine de Moraes)

TODO ano sempre a mesma coisa.

Quando estamos no inverno, e, claro, está frio, as pessoas reclamam “ai, que frio, não agüento mais”, ou então “ai, que saudade do verão”.
Quando estamos no verão, e claro, faz calor, as mesmas pessoas reclamam “credo, que calor, não agüento mais”, ou então “ai, que saudade do inverno”.
Se chove, lá vem aquela frase “que saco de tempo feio”, ou então “desse jeito vamos virar sapos”. E por aí vão as lamúrias sobre o tempo...
É do ser humano reclamar? Acho que já está na hora de parar de reclamar.
Vire o disco! Troque o CD! Baixe novas músicas!
Inverno é inverno, verão é verão.
Felizmente aqui no sul do Brasil vivemos ainda o outono e a primavera. Isso é um privilégio.
Tanta gente nesse nosso país que passa a vida só no calorão. E os países gélidos, credo, nem quero pensar.
Eu, particularmente, declaro que não gosto do frio. E a cada inverno tenho mais certeza de que nasci no estado errado, pois não me acostumo nunca com esse frio, nem gosto.
Sim, é muito bom comer, beber, se vestir mais elegantemente, não ficar suando, mas, poxa, na minha balança o peso de acordar cedo e sair de casa com geada, tomar banho, ou entrar e sair de ambientes condicionados no quente para o frio, e vice-versa, pesa muito.
Não gosto também das complicações do inverno, essas viroses e gripes, que afetam à saúde. E quem gosta? Só os médicos e os donos de farmácia. Ah, também as funerárias, claro.
Mas, como disse antes, tem sempre muita gente reclamando, e de barriga cheia.
Como as pessoas reclamam, e em vão.
Muita gente reclama do frio e da chuva, sendo que a maioria tem carro para se deslocar, casa e cama aquecida, chuveiro bom, banheiro dentro de casa, roupas limpas, calçados limpos e secos.
Quem convive com pessoas que enfrentam dificuldade, como minhas amigas professoras - em especial a Aline Michaelsen, que me sugeriu escrever sobre este assunto - sabem como é essa realidade.
Pensem nessas pessoas que passam a maior dificuldade nessas épocas de inverno rigoroso.
Essas sim, é que poderiam reclamar, como uma forma de pedir ajuda. Porém, essas pobres crianças estão sempre com um sorriso no rosto!
Sigo aqui a campanha: PAREM DE RECLAMAR! TEM GENTE PASSANDO MUITA DIFICULDADE E FRIO POR AÍ.
* Jeanine de Moraes

PROCURA-SE um namorado. Troco pelo meu marido.


Quando um relacionamento anda meio devagar, sem ânimo, sem energia, paixão, e tesão... chegou a hora de preocupar-se.
Tem um velho pensamento, que eu uso muito, que fala que o amor é como uma flor, ou seja, precisa ser regada, se não, morre.
Isso é a mais pura verdade.
Para um relacionamento manter-se bem não precisa de coisas muito criativas, mirabolantes, excentricidades... basta utilizar o mais simples e puro ato de demonstrar carinho.
As pessoas acabam acostumando-se com o cônjuge. Utilizam como desculpa essa louca correria da vida moderna. E o cuidado, o zelo, o carinho, uma simples declaração de “eu te amo!” acabam sendo apenas atitudes de namorados, noivos...
Por isso, eu digo: procura-se um namorado, troco pelo meu marido.
Isso não quer dizer que estou desdenhando o meu marido. Isso não.
Quero é dizer que, na maioria das vezes, quando um relacionamento anda desgastado, devido aos anos juntos, aos problemas financeiros, aos filhos, estresses variados, et cetera... o amor fica de lado.
Coitadinho.
É preciso parar e verificar o que anda acontecendo.
A importância da valorização é primordial tanto para mim, quanto para você. O ser humano precisa ser estimulado, acarinhado, e por que não, bajulado?
Eu adoro uma bajulação. Quem não gosta? Todo mundo gosta, mas isso não se pede, se ganha de graça.
O amor é de graça, mas tem seu valor.
Por isso, discutir relação é importante. Por isso que um habeas corpus às vezes se faz necessário .
Antes de você ter assumido um compromisso com o cônjuge você tinha uma vida particular, com amigos, atividades e compromissos.
Com certeza as coisas mudaram. Abdica-se de certas coisas, se ganha outras, mas aquela pessoa que você era não existe mais?
Cadê aquela pessoa por quem nos apaixonamos? 
E como nós éramos?
Antes de ter o marido, você tinha um namorado.. por sinal, cadê ele?
Não devemos deixar o tédio acabar com um relacionamento.
Todos os dias somos desafiados, testados e cabe a nós mesmos valorizarmos o modo de viver, tendo primeiro de tudo amor próprio e concomitantemente demonstrando amor ao outro, que já foi tão especial na sua vida, e hoje anda meio "apagadinho"...
Se não, só restará chorar... E chorar sob o leite derramado não adianta!
Por muito pouco uma grande história de amor pode acabar, sendo que por muito pouco - com gestos simples - pode reascender a chama da paixão.
Agora, se você já não tem mais saco para regar a planta... troque por uma de plástico! 
Mas depois não reclame!
*Jeanine de Moraes

AMOR incondicional



Ser mãe, para a maioria das mulheres da minha geração, em especial para a maioria das que eu conheço, não era prioridade.
As trintonas de hoje são independentes, ganham seu próprio dinheiro com sua profissão, sua capacidade intelectual, seu mérito.
São mulheres inteligentes, interessantes, sonhadoras e muito batalhadoras.
A grande maioria tem curso superior, pós-superior, cursos de aperfeiçoamento, e porque não curso de culinária, de corte e costura, de crochê, de fotografia, de pintura...
Adquirimos a independência financeira (automóvel, casa própria ou alugada) por conta própria, ou juntamente com o cônjuge, e não atrás dele.
Nascendo com boas condições financeiras, ou trabalhando para conseguir ter uma vida boa, as mulheres dos dias de hoje estão ligadas, ou melhor, conectadas à modernidade e seus os benefícios. Aos malefícios também, mas deixemo-los para lá.
Os benefícios que falo são: poder organizar a própria vida de acordo com seus princípios.
Ter programação. Ter metas. Assumir e cumprir compromissos.
E não se preocupar com o “ficar para titia”, ou se vai passar mais um dia dos namorados sem um.
Se casamento é compromisso, um filho demanda de muito mais comprometimento. É uma responsabilidade para sempre.
Muitos casais estão tardando, ou até mesmo não tendo, os filhos.
Posso devolver? Não pode! Onde desliga? Não desliga nunca, apenas fica “stand by” quando dormem!
Filhos não são como sobrinhos que, quando estão chorando e/ou sujos, devolvemos para as mães!
Essa decisão, assim como o que fazer da vida, profissão, educação, casamento, requer muito planejamento e coragem!
Até o meu relógio biológico maternal despertar eu pensava que jamais seria mãe. Assim como meu marido, eu pensava que jamais colocaria “mais um” no mundo.
Nossa vida estava tão boa assim. Viajar, comer qualquer coisa, sair sem preocupação com horário, dormir e não ter hora para acordar.
Sempre gostamos de crianças, mas não pensávamos em ter uma nossa.
Que bom que amadurecemos, evoluímos, e mudar faz bem à saúde física e mental.
E, apesar do grande medo de ser mãe, pois, sim, eu pensava também nos 9 meses de gravidez (Jesus, pra quê tantos meses, hein? Uns 5 já estava de bom tamanho!), eu ainda tinha medo do parto. Que de “normal”, eu não consigo ver nada, não!
Hoje, depois de ter passado por essa experiência única e maravilhosa, eu recomendo: tenha um filho!
A vida vai mudar da água pro vinho!
Nunca mais os dias serão vazios! Depressão? Não dá tempo para sofrer disso, não!
Como disse a atriz Júlia Roberts, numa entrevista, “ter filhos é como ter uma enorme tatuagem no rosto.”
Esse é um jeito simples de dizer o quanto você se compromete quando toma uma decisão dessas. Se você vai tatuar, não importa a parte do corpo, é bom ter certeza do que está fazendo.
Depois que nos tornamos mãe, tudo muda para melhor.
Mentira! São noites mal dormidas, dores no corpo, muitas preocupações... mas, enfim, faz parte do pacote e estava nas letras miúdas do contrato...
Eu amo incondicionalmente a minha filha, e amo muito ser mãe. E eu sim, faço a maior “propaganda”!
A maternidade me proporcionou alguns kg, alguns cabelos brancos, olheiras mais profundas, dores na coluna, nas pernas, insônia, falhas na memória - o Alzheimer Materno- , baixa libido, baixa autoestima...
Apesar de muitos fatores estafantes, há muito mais benefícios.
Podem acreditar, podem perguntar para outras mães e pais.
A grande maioria vai dizer: “é bom, é muito bom!”.
Ter o amor daquelas miniaturinhas de gente é valioso demais.
Viver o lúdico, o mundo da fantasia é maravilhoso.
Educar não é nada fácil, mas diariamente – no nosso trabalho, faculdade, etc – não somos sempre desafiados?
Então, mais um “setor” da vida que te proporcionará novas emoções. E com certeza essa lição vai te engrandecer muito. Aprendemos muito com eles.
Ter expediente extra de trabalho não é fácil. Um te remunera. O outro te consome: financeiramente, mentalmente, mas, principalmente emocionalmente.
Entretanto, após um dia exaustivo, receber teu filho com aquele sorrisão e ganhar um abraço e um beijo é como comercial do Master Card = não tem preço!
Ter um filho é muita responsabilidade e muito comprometimento. Não é só barriga cheia, roupa, cama e matricular na escola.
Ter um filho é vestir a camiseta mesmo!
Então, se tu estás em dúvida, pense bem.
Coloque as prioridades na balança, e pense bem em ser a pessoa importante e mais amada do mundo!
Porque o amor de uma criança é totalmente puro e sincero, e é o melhor amor do mundo! Seja um filho de sangue, ou do coração!
Não importa a sua idade.  Com vinte, trinta ou quarenta anos!
Depois me conta se não estou falando a verdade!
*Jeanine de Moraes

MULHER. Do rosa bebê ao rosa choque. Qual é o seu tom?



Acabei de ler o livro, conforme o título, da psicoterapeuta, psicóloga clínica, terapeuta de família e casal, Cris Manfro. ADOREI – com letras maiúsculas.
É daqueles livros que comemos as palavras, a cada página e capítulo queremos mais e mais.
Eu “conheci” esta psicóloga pela sua coluna semanal do Jornal NH, e desde então, a leio.
O livro - coincidentemente, ou não - foi uma sugestão de uma amiga, quando eu pedi uma indicação que me fizesse retornar ao mundo da leitura. Especificamente eu pedi uma sugestão de um livro que me fizesse resgatar a mulher dentro de mim.
Sendo graduada em Letras, curiosa por natureza, e leitora desde que me conheço por gente, sempre li muito. Porém, desde a minha gravidez até agora (minha pequena está com 1 ano e 9 meses), eu só estava interessada por assuntos de bebês.
É, já entra aqui um novo tom em minha vida: tornei-me mãe. E além de me tornar mais emotiva, minha preocupação, meu foco em assuntos e interesses centralizaram-se quase que unicamente na maternidade. Deixando assim, bem de lado, a vaidade, as minhas antigas preferências.
Mudei minhas prioridades, e, quando me dei conta eu estava vivendo unicamente para a minha filha.
Amo ser mãe, apesar de cansada, adoro todas essas atividades, preocupações, esse mundo infantil que eu e meu marido escolhemos.
Porém, acabei esquecendo de mim... e acabei me tornando uma pessoa TANTO FAZ, que eu tanto criticava, conforme escrevi noutro texto.
Gostei muito do livro, assim como gosto das crônicas e artigos da autora. Eu adoro assuntos que fazem o leitor refletir, analisar, aprimorar, se emocionar, se autoconhecer e autoanalisar-se.
Adoro escritores que falam dos sentimentos e do cotidiano, que tocam bem naquela nossa feridinha que não queremos aceitar.
Admiro os psicólogos, terapeutas e psicopedagogos. Devemos pensar na saúde mental, e não somente na física. É muito importante conversar com um profissional.
Felizmente eu tenho minhas psicólogas de plantão, as minhas psico-lokas, que me ajudam (muito) quando o bicho tá pegando.
Compartilhar vivências e poder expressar os sentimentos é muito importante para a evolução humana. É vital.
De médico e louco todo mundo tem um pouco, não é o que dizem? Creio que toda mulher tem um pouco de louca e de psicóloga.
Nós, mulheres, sempre estamos dispostas a ouvir, e comentar nosso ponto de vista. Na maioria das vezes sempre sabemos, ou até mesmo já vivemos algo parecido, ou seja, “ai, amiga, sei como é...”.
E sabemos mesmo. Quando não sabemos, achamos que sabemos, e na melhor das intenções queremos ajudar.
Voltando a leitura, cheguei a conclusão do que eu já tinha quase certeza: dentro de mim existem muitas Jeanines.
Ou, como pergunta a autora, eu respondo: tenho muitos tons dentro de mim. E não apenas do rosa bebê ao rosa choque. Minha cartela de cores é imensa!
Na leitura deste livro me identifiquei muitas vezes. Vi amigas, minha mãe, irmã... e cheguei a conclusão de que muita gente deveria pensar em terapia.
Tem gente que, assim como eu, tem um certo receio de falar da sua vida para um estranho, ou seja, alguém que estamos começando a ter contato.
Como eu faço, eu sugiro que se comuniquem, verbalizem!
Ou então, escreva para uma amiga, ou amigo, de confiança. O importante é desabafar. Quem sabe se expondo no Facebook, ou escrevendo numa agenda ou caderno. Pode ter certeza que vai ajudar!
Ler, conversar, trocar experiências, ou então, como eu chamo, “exorcizar” os fatos ajuda, e muito.
Como fala Cris Manfro, devemos nos questionar sobre nossas verdades e dúvidas.
Ser mulher, hoje em dia, não é nada fácil. Concordo que muitas vezes complicamos demais, fantasiamos demais, falamos demais, nos irritamos demais... mas tudo isso porque somos intensas!
São turbilhões de emoções, de responsabilidades, preocupações, obrigações, ocupações com o trabalho (remunerado e do lar), compras, contas, família, amigos, lazer, sexo, a faxina da casa...
Viver é ter experiências. Viver é evoluir.
Devemos aproveitar esta vida, cada dia, pois, como escreveu Gabriel Garcia Marques: “A vida não é a que a gente viveu, mas a que a gente lembra e, como lembra dela, pode contá-la.”.
* Jeanine de Moraes