34 SEM VERGONHA

Muito fácil é viver num mundo de fantasia. Falsas imagens são facilmente construídas.
Na era do photoshop, com os benefícios de maquiagem, salão de beleza, roupas que te caem bem, além do ambiente, a luz, isso tudo é um benefício para um registro de imagem, ou seja, uma foto.
Não é de hoje a preocupação com a aparência, com o que os outros vão dizer ou pensar. Mas atualmente isso tem se intensificado.
Difícil é, de fato, viver. Será mesmo?
Com a imagem podemos valorizar e depreciar algo.
As vestimentas, acessórios, o estilo, o jeito de porta-se, entre outros. Há vários fatores que destacam uma imagem.
Podemos enganar, principalmente.
Mas enganar a quem? Pra quem? Por quê?
Por que essa preocupação tamanha em impressionar, em ser “top”?
A vida moderna, ou melhor dizendo, a mídia, cobra demais, de nós mulheres, sermos lindas, magras, cabelos de comercial de shampoo, uma pele maravilhosa, ótimas profissionais, uma perfeita companheira, mãe comprometida...
Apesar de eu ter uma personalidade irritantemente Maria-Aparecida, para alguns, eu adoro, como milhões de mulheres, envaidecer-me, mas não largo mão também do “hoje me vesti pra feia!”.
Acredite, isso que falo não é desculpa para andar desleixada. É, de certa forma até uma maneira de, se assim posso dizer, justificar o meu descaso com a aparência.
Em outras palavras, não estar “nem aí” com o que os outros vão dizer ou pensar.
Hoje em dia eu mudei um pouco. Mas antigamente, em casa, depois do banho, eu me vestia “para ficar em casa”, isto é, no meu conceito, eu parecia uma maltrapilha, digamos assim. Adorava aquela calça curta e larga, meu blusão mais velho ou aquele pijama todo “esgamelado”!
Vai dizer, tem um pouco de apego, mas aquela camisetinha, aquele blusão velho, cheio de bolinhas, é tão confortável...
Eu sou sim também daquelas que não pode ver um espelho, não pode ver uma máquina fotográfica que já se prepara, se posta no melhor ângulo, na frente, de preferência!
Adoro aparecer mesmo.
Quem diria, aquela menina envergonhada e tímida é hoje uma pessoa que não tem muita semelhança com aquela de outrora.
De fato a lagarta virou borboleta!
Enfim, este artigo era mesmo pra dizer que ontem, 25 de março, comemorei mais um ano de vida, e o que não é nenhuma novidade, que eu adoro meu aniversário, adoro festa, adoro abraço, adoro muvuca, adoro ser lembrada, adoro presente seja o que for, e se um dia mandarem um daqueles carros de tele-mensagem, brega ao cubo, king-kong, eu iria adorar!
“Hei, Jeanine, cadê você, apareça!” (risos)
Enfim, falei tudo isso sobre imagem porque sim, é um assunto que me interessa e também me preocupa, mas que eu estou muito feliz comigo mesmo.
Claro que eu seria bem mais feliz com uma prótese de 350 ml de silicone, uma lipo na barriga, um clareamento dental... essas coisas que nós mulheres sabemos da importância e do benefício...
E que BELEZA é a nossa LUZ interna. Beleza vem de dentro pra fora!
Sejamos magras, gordas, altas, baixas, morenas, loiras, ruivas, negras... sejamos felizes como somos, ou então, corra atrás e faça algo para se sentir melhor!
Não tenha vergonha do peito pequeno ou grande demais.
Um dia todos seremos velhos! Devemos nos preocupar com saúde e sedentarismo. E o que valerá mais: beleza externa ou interna? Estar na moda é ser feliz!
Estou com 34 anos, e bem sem vergonha!
*Jeanine de Moraes