É vergonhoso dizer a quem gostamos o que sentimos?
Parecemos tolos quando abraçamos,
elogiamos, acarinhamos, aqueles que desejamos demonstrar o quanto eles são
especiais?
Pra que esperar datas?
Por que as pessoas, muitas vezes, agem
com segundas intenções?
No mundo virtual – talvez para
mostrar certa, e falsa, popularidade – as pessoas declaram, deixam recadinhos.
Na escrita até parece mais fácil, e é.
Tem gente que conversa mais no Face
do que “face to face”, ou seja, cara-a-cara.
O toque e o verdadeiro abraço, de
fato, é algo difícil. O homem ainda tem determinados tabus.
Quando perdemos alguém, quando
aquela pessoa que amamos deixa de fazer parte da nossa vida, bate uma saudade,
bate uma dor, uma nostalgia.
A única certeza na vida é a MORTE. Isso não é ser
dramático, ser triste, ser sofredor, é simplesmente aceitar e realidade a
aproveitar a VIDA.
E as pessoas deveriam não somente
pensar, mas agir com mais amor.
O amor deveria estar presente
diariamente e sem restrições.
É uma pena que a maioria das pessoas
só sinta este sentimento após vivenciarem a dor da perda.
Infelizmente só percebem e vivem
essa emoção como um “sentimento pós-velório”.
E pena que o prazo é curto.
Logo o tal sentimento passa, e as
pessoas repetem suas mesmas atitudes, ou a falta de atitudes.
Em busca da felicidade as pessoas se
frustram. Mal percebem que a felicidade não é contínua, muito menos para
sempre.
A culpa é sua! Foi acreditar nas
histórias com “e viveram felizes para sempre!”.
E o que é a felicidade?
Dicionários, Google, poetas, músicos,
loucos... cada um com sua descrição.
Pra mim felicidade é algo simples.
Muito simples.
Uma grande porcentagem define a
felicidade como algo complexo. E é mesmo?
Creio que não!
Viver, sim, é complexo, mas a
felicidade é algo tão simples, e está tão perto que as pessoas não percebem.
Felicidade está dentro de nós.
Felicidade é ter paz. Felicidade é gritar de alegria. Felicidade é calar-se e
agradecer pela vida. Felicidade é amor.
Por muito tempo a felicidade pra mim
era o que eu defino como “essencial”.
Tantas coisas são essenciais na
vida, mas pra mim, ter uma família, contato, vivência, experiência familiar era
o que eu definia como felicidade.
Com a perda do meu pai, talvez por
eu estar passando pela transição da infância para a adolescência, minha vida
ficou desamparada, sem rumo e sem perspectivas.
E para aquela menina de 13 anos,
felicidade era ter o básico, o “essencial”.
Quando conto das minhas dores
pessoais, é uma maneira de, compartilhando velhos dramas, ir amenizando (e
aliviando) certos acontecimentos que eu tinha guardado, até escondido, a sete
chaves, por medo de reviver as dores que senti.
Aprendi – com a vida – que apesar de
toda a dor, apesar de sofrer, eu aprendi muito prematuramente, de que eu (e as
lembranças do que eu tinha de felicidade) seria a única responsável pela minha
felicidade.
Viver é muito mais complexo que
sobreviver, e a felicidade é algo fantástico!
Felicidade é sorrir, é amar, é ter
alguém em quem confiar, pra chorar, pra sonhar...
Felicidade é nunca desistir dos
sonhos!
Por isso não perca tempo. O tempo
não para e não volta.
Peça desculpa, perdoe, diga que ama,
tome coragem. Tome vergonha na cara!
Depois não adianta se arrepender
pelo que não fez ou chorar sob o leite derramado.
Nem cantar a canção do Nando Reis:
“Devia
ter amado mais / Ter chorado mais / Ter visto o sol nascer/ Devia ter arriscado
mais/ E até errado mais /Ter feito o que
eu queria fazer...”
*Jeanine
de Moraes