O título é um pensamento da Tati
Bernardi, escritora, redatora, roteirista de cinema e
televisão, que eu tenho acompanhado ultimamente. Adoro o que ela escreve
e me divirto, tanto quanto me identifico.
Os opostos se atraem?
Na verdade podem ser diferentes, gostarem (ou não) das mesmas coisas. O que
vale é a afinidade.
Se nem pessoas do
mesmo sexo são iguais, não perca seu tempo pensando nas diferenças entre homens
e mulheres.
Entender as
razões destas diferenças, e aprender a lida-las, é a fórmula para um
relacionamento feliz, satisfatório e, quem sabe, duradouro.
Não é questão de
gênero, é preciso ter mais que amor para um relacionamento enfrentar os desafios
do dia-a-dia.
É preciso sintonia,
conexão e, acima de tudo, respeito.
O amor é
convivência mais experiência, resultando no amadurecimento.
Gostar é quando
uma pessoa conhece o teu lado melhor e gosta de ti. Amar é quando a pessoa
conhece o teu lado pior, e mesmo assim quer ficar contigo. Essa é a diferença
entre gostar e amar.
Antes de qualquer
relacionamento, antes de tornar-se um casal, o ser humano é uma pessoa. Todos
somos únicos. Por isso não se deve deixar de lado as particularidades.
Um tempo – para
si – se faz necessário e é muito saudável.
Desculpem-me os apaixonados, os
recém-casados, mas é preciso aceitar os fatos: casamento e prisão são muito
parecidos.
Se você decide ter um relacionamento com
alguém, é impreterivelmente importante saber que muita coisa vai mudar. Seu
amorzinho poderá se transformar num mala, sem alça e sem rodinhas. Aquela linda
e delicada garota por quem você se apaixonou poderá se transformar numa bruxa.
Infelizmente não se vive de amor. É no
dia-a-dia, pagando as contas, dividindo as tarefas da casa, que se constrói um
relacionamento.
Quando se decide ser um cônjuge, é com o
outro, mesmo que sofrendo, que aprendemos a nos conhecer. Seja na alegria ou na
dor, na saúde ou na doença.
Relacionamentos são isso: relacionar-se.
E se relacionar é viver. Ninguém sabe viver, a não ser vivendo.
Dois dias, dois meses, dois anos ou duas
décadas podem ser irrelevantes ou marcar uma história.
Coincidência ou destino? O que vale é a
sua percepção. Ou seja, o teu discernimento e a tua loucura.
“Há sempre alguma loucura no amor, mas há
sempre um pouco de razão na loucura”, já dizia Nietzsche.
A única certeza é de que após o verão,
virá o outono.
As crenças formam o ideal e os desejos,
porém são as vivências que nos ensinam.
Eu te amo. Eu me amo. Eu nos amo. Ou
seja, eu amo o nosso amor. Eu amo amar você. Eu amo amar o amor e o bem que
este amor faz a mim.
Egoísmo? Não. Primeiro devemos nos amar,
e assim estaremos preparados para amar, para dar amor, e para recebe-lo.
Relacionamentos são necessários. As vivências
fazem parte da evolução.
O amor e a dor inspiram e piram.
Concordo com Fernando
Pessoa quando define, tão bem, que “O amor romântico é como um traje, que, como
não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que
formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o
vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é
quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal
constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com
que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.”
Veja o especial das pessoas. Cada um é de
um jeito único.
Se você está em
duvida sobre o seu relacionamento, ou até mesmo de alguma amizade, fique um
tempo sozinho.
Se a ausência for
pertinente, eis que se percebe a sua importância.
Brigas,
desentendimentos e estresses fazem parte do pacote. Estava nas letrinhas miúdas
do contrato que, com certeza, você não leu, porque estava embriagado de amor...
Um brinde à vida!
*Jeanine de Moraes