ALÔ



Hoje em dia todo mundo tem um celular, quando não dois, além do que é muito comum ter dois chips em um aparelho.
Sua avó, seu filho, sobrinho de 7 anos, e até o carroceiro, pode ter certeza que têm.
Se tu não está no Facebook, não posta no Instagram, não se comunica pelo WhatsApp, Skype, Messenger, Hangouts, etc e tal... você não existe.
Em 1876 Alexander Graham Bell inventou o telefone, que foi um marco na história da evolução da comunicação.
Se tu conhece a expressão “caiu a ficha” é atestado de que tu faz parte de uma geração que ter telefone em casa era artigo de luxo.
E ficar na fila de um orelhão? Com algumas fichas falava-se com alguém lá do outro lado, com uma qualidade muito ruim. Mas era o que tínhamos.
Logo vieram os celulares que, pasmem, inicialmente servia para fazer e receber ligações, e depois, com a evolução, mandar mensagem, o tão em desuso SMS.
O celular, sem dúvida, é um dos meios de comunicação que mais se popularizou mundialmente.
Porém, o celular dá a falsa impressão de que estamos nos comunicando.
Assim ele foi criado, para nos comunicarmos, em qualquer hora e lugar, desde que tenha antena, sinal ou crédito.
Ok, sim, ele serve para essa função, aliás, para multi funções, pois temos à mão, num pequeno e leve aparelho, câmera fotográfica, filmadora, rádio, televisão e até GPS.
Além de termos em um toque uma imensidão de aplicativos conectando-se à internet.
Com um celular temos uma janela para a vida das pessoas – sem que elas saibam, se ou quando estamos vendo, a não ser que tu dê um like.
Repito que temos a falsa impressão de nos comunicarmos porque a troca de mensagens, fotos e vídeos lógico que é comunicação, mas o que quero dizer é sobre o conteúdo e o tempo dispensado para isso.
Tudo anda tão banal. Uma exibição exacerbada.
Vivemos uma época afoita. Penso, logo preciso postar nas redes sociais?
E o pior, se tu não lê (aliás, vê, por que quem lê hoje em dia mais de 3, 4 linhas?) o que o outro publicou, sorry, tu está por fora, baby!
Ficar off line é uma dificuldade. Ficar sem bateria ou wifi, então?
Sou a favor de todo tipo de ferramenta que faça as pessoas se comunicarem e interagirem, entretanto, minha crítica é sobre o passatempo e a perda de tempo.
Pronto, falei.
*Jeanine de Moraes

CINDERELA



Devemos ter coragem e ser gentil.
Simples assim. Dê o seu melhor, faça o bem, tenha amor, compaixão, perdoe e nunca desista dos seus sonhos.
Além de perceber como a vida é maravilhosa, você aprenderá a valorizar as coisas simples e poderá tornar-se uma rainha.
Cinderela é um conto de fadas fantástico, que tem a virtude da bondade e simplicidade como tema principal.
Fui ao cinema a pedido da minha filha de 5 anos e, sem dúvida alguma, quem mais se encantou fui eu.
Eu, que nunca fui uma menina meiga, delicada e cheia de fru-frus, fiquei apaixonada por este filme de Kenneth Branagh, baseado no conto de fadas homônimo do autor Charles Perrault.
Esta é uma versão muito envolvente e cheia de lições como o original. As cenas são belíssimas – tanto quanto o príncipe – e os personagens passam muita credibilidade e realismo.
Sou uma crítica muito chata em se tratando de assistir filmes que são baseados em livros, e este, sem dúvida, me emocionou em vários momentos.
Reproduzindo os dramas enfrentados pela “gata borralheira”, esta belíssima obra cinematográfica tem um leve toque de humor, com muitos ensinamentos – como os valores da família e a bondade acima de tudo.
Uma narração encantadora e apaixonante, como devem ser os contos de fadas.
Vá ao cinema, leia um bom livro, principalmente os clássicos, pois como cita Carl Sagan “Livros são a prova de que humanos podem fazer mágica.
Permita-se entrar no mundo da magia.
Que tal uma história emocionante, que retrata como a vida pode ser dura, mas que nada é impossível se tivermos sonhos?
Seja sempre otimista. Tenha coragem e seja gentil!
*Jeanine de Moraes

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Pensamento fragmentado, parte de "EXPECTATIVAS X REALIDADE", postado aqui no Blog: www.portaeretrato.blogspot.com.br/2014/06/expectativas-x-realidade.html

Liberte-se !

Pensamento fragmentado, parte do "O LOUCO UNIVERSO INTERIOR", postado aqui no Blog: www.portaeretrato.blogspot.com.br/2014/03/devaneios-poeticos.html

Viver ou Sobreviver?

Um pensamento fragmentado, parte do artigo “MULHER. DO ROSA BEBÊ AO ROSA CHOQUE. QUAL O SEU TOM?”. Postado aqui no Blog: www.portaeretrato.blogspot.com.br/2011/04/mulher-do-rosa-bebe-ao-rosa-choque-qual.html

(...)

Um pensamento fragmentado, parte do conto “QUANDO UMA ESTRELA SE APAGA”. Postado aqui no Blog: www.portaeretrato.blogspot.com.br/2008/08/quando-uma-estrela-se-apaga.html

Oi? Pirei.

Este é um verso fragmentado do artigo “A PAIXÃO PASSA. O AMOR LAVA E COZINHA” . Postado aqui no Blog: www.portaeretrato.blogspot.com.br/2014/01/a-paixao-passa-o-amor-lava-e-cozinha_30.html

(...)

Pensamento fragmentado, parte de "APARENTEMENTE E ALÉM DAS APARÊNCIAS", postado aqui no Blog: www.portaeretrato.blogspot.com.br/2014/04/aparentemente-e-alem-das-aparencias.html

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Versos fragmentados do devaneio poético "SOLIDÃO", postado aqui no Blog: www.portaeretrato.blogspot.com.br/2013/12/devaneios-poeticos-solidao_11.html

PARA QUE SERVEM AS PALAVRAS?



Eu já chorei escutando uma música, já chorei assistindo filme, e já chorei lendo um livro.
A leitura do “A menina que roubava livros” fez eu me lavar chorando.
Me emocionei muito. Foram lágrimas desde o começo, e mais lágrimas (muitas) no final da história.
Em síntese, é sobre o sentido da existência e a certeza da morte, com o encanto da leitura, da alegria e da dor das experiências.
Esta obra é um drama fantástico, que se passa na Alemanha entre os anos 1939 a 1943. Relata a importância das palavras, que influenciam, seja para o bem ou o mal, e que servem também para acalentar os corações fragilizados e inseguros.
Este livro tornou-se um dos meus preferidos, pois, além de me emocionar informando com os fatos – a história acontece no período do holocausto – faz pensar não apenas sobre a morte, mas sim sobre a vida, a fragilidade e a paixão pelas palavras, e que, assim como a estupidez de Adolf Hitler, a estupidez humana se repete.
Só pelo título eu já fiquei com vontade de ler. Depois gostei muito da capa, ouvi alguns comentários de quem leu e gostou e eu consegui emprestado. Pela descrição da contracapa já se espera uma história muito interessante: “Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.” Macabro? Assustador? Não acho. 
Também rolou uma certa identificação, não apenas porque eu já roubei livros quando menina, entretanto, eu também me identifiquei com a personagem pela paixão pelos livros e com as experiências tristes dela, que encontrou a morte algumas vezes.
Eu perdi pessoas amadas e importantes, e mesmo assim a morte não me dá medo. Medo tenho de uma vida vazia e sem graça. Medo tenho, apenas, da dor física da morte.
Assim como a Liesel, eu sempre fui apaixonada por livros. Talvez por ser tímida e me achar solitária, me acalmavam e faziam companhia as palavras mudas nos livros.
Eu me “perdia” nas leituras quando, com a minha família, íamos visitar a casa de alguém, e me ofereciam gibis ou livros. Eu ficava fascinada e não via a hora passar. Queria tanto ter um livro, mas não tinha coragem de pedir.
Um dia, com 11 anos, eu roubei um livro (era uma mini bíblia ilustrada da Turma da Mônica) de um colega na escola. Não foi por mal, eu juro! Eu queria tanto e meus pais não iriam comprar. Não me lembro se eu cheguei a pedir pra eles, mas éramos tão pobres que um livro não estava no orçamento.
Uma vez eu encontrei, embaixo da minha classe, um dicionário inglês-português, e peguei para mim, não o entreguei para a professora – isso também foi errado.
Noutro dia, por curiosidade, abri o armário da minha sala de aula e peguei um livro didático e coloquei na minha mochila. Na minha cabeça não era um roubo, haviam vários iguais, mas era. Tanto era, que fui dedurada por um colega, e passei a maior vergonha na frente da turma.
Aprendi a lição.
Depois disso eu nunca mais roubei, porém a minha paixão por livros só aumentou, e mais ainda quando eu descobri um maravilhoso acesso ao mundo de literário: a biblioteca da escola e mais tarde a biblioteca municipal.
E desde então eu não roubei mais livros.
Quando uma obra é boa, seja o livro ou o filme, prende o leitor/telespectador de forma tão intensa que as experiências relatadas passam a ser sentidas.
E eu confesso que sou uma fantasiadora convicta.
A ficção nos transporta para situações tão distantes da nossa realidade, e às vezes tão próximas, que nos chocam,  tanto quanto nos confortam.
As palavras têm(muita) força, seja para o mal, quanto para dar razão à vida.
Todo mundo tem uma história para contar. Todo mundo já viveu um drama. Seja familiar ou pessoal. Histórias tristes, perdas, dores, mágoas...
Quando eu tinha 13 anos perdi meu pai. Ele morreu com 36. Hoje eu, também com esta mesma idade, conto esse capítulo muito triste e doloroso da minha vida sem mais sofrer.
Já chorei muito relembrando tudo o que eu vivi, e algo que me conforta é que não sofro mais pensando no que eu perdi – por não ter meu pai presente – nem pela dor que eu imagino que ele sentiu.
As experiências que eu tive, e aquelas que eu não vivi, na companhia do meu pai, eu busco realizar com a minha filha e com todos que hoje são importantes na minha vida.
E para que servem as palavras?
Meu pai era um semianalfabeto que me ensinou (lendo o índice de enciclopédias) a amar as palavras, tanto quanto a simplicidade da vida... que é tão frágil.
Toda história tem início, meio e fim. Seja o protagonista e faça a sua existência valer a pena.
A vida é assim, como citada no livro de Markus Zusak: momentos no porão, períodos nebulosos, de muito frio, de sol e de céu de esplendor.
Por fim – nem preciso dizer, mas eu digo: leia um livro, escute seu artista preferido, assista um bom filme, vá ao teatro, vá ao cinema, saia pra dançar, jantar... Viva!
Tirei essas lembranças lá do fundo do baú que estava guardado no porão, dentro da caixinha de recordações.
Agora, com licença, que a vida segue, eu vou ali abrir a porta e as janelas da vida para novas experiências.
*Jeanine de Moraes