QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ?


Se soubéssemos quando seria a última vez de qualquer coisa, será que faríamos diferente?
Imagine-se cego. Hoje é a última vez que você vai enxergar. O que você faria?
E despedir-se de alguém para sempre?
Imagine ficar com aquela vontade do abraço, do beijo, do cheiro...
Ah! se soubéssemos que aquela situação – tão boba – fosse acabar com uma grande história, seja ela de amor ou amizade.
Cada um com seus dramas. Cada um com suas mágoas. Puro egoísmo.
Como é mais fácil observar e avaliar a vida de outrem, do que a nossa.
Como é difícil mudar velhos (e ruins) hábitos. Como é difícil assumirmos para nós mesmos.
Essa é a ultima vez que eu me saboto. Procrastinação, então?! Aquele velho papo de “a partir de amanhã”, “começo na segunda-feira”, “ano que vem tudo será diferente” e blábláblá...
Pra quem? Pra quem estamos mentindo? Pra nós mesmos.
Agora pense: quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?
Eu foi hoje, quarta-feira, 08 fevereiro de 2017. Agorinha. Acabei de assistir no cinema solita – na verdade eu, Deus e alguns poucos desconhecidos – o filme de David Frankel, “Beleza Oculta”, original “Collateral Beauty”, com Will Smith e Kate Wislet.
Um filme romanticamente dramático, ou dramaticamente romântico, sobre a sensibilidade da vida que, como sempre, Will Smith, o ator principal, transmite uma incrível emoção.
Se chorei? Bastante. Essa era minha intenção.
Eu sabia que um filme sobre um pai, que entra em depressão por perder a única filha de 6 anos com câncer, seria incrivelmente emocionante.
Um filme sobre a morte, o tempo e o amor. Ok, parei por aqui. Sem spoiler.
Tudo no seu tempo. O primeiro passo é dar o primeiro passo.
Cada um sabe da sua dor e tudo tem seu tempo. O amor e a dor são imensuráveis.
Fácil falar, né! Mas é difícil agir quando a vontade de ficar imobiliza.
38 anos, 20, 7, quase 2... Números, datas e referências jamais medirão momentos, quiçá uma vida.
Por isso, é preciso respeito. Respeite-se acima de tudo.
Escute o silêncio. Vá ao cinema com a melhor companhia: você mesmo!
E quando o filme e a pipoca acabarem, saia da poltrona.
Seja o ator principal do seu filme.

*Jeanine de Moraes
#blogueirafamosasqn

p.s.: postado originalmente em 08/02/2017.

A PAIXÃO PASSA. O AMOR LAVA E COZINHA.


O título é um pensamento da Tati Bernardi, escritora, redatora, roteirista de cinema e televisão, que eu tenho acompanhado ultimamente. Adoro o que ela escreve e me divirto, tanto quanto me identifico.
Os opostos se atraem? Na verdade podem ser diferentes, gostarem (ou não) das mesmas coisas. O que vale é a afinidade.
Se nem pessoas do mesmo sexo são iguais, não perca seu tempo pensando nas diferenças entre homens e mulheres.
Entender as razões destas diferenças, e aprender a lidá-las, é a fórmula para um relacionamento feliz, satisfatório e, quem sabe, duradouro.
Não é questão de gênero, é preciso ter mais que amor para um relacionamento enfrentar os desafios do dia-a-dia.
É preciso sintonia, conexão e, acima de tudo, respeito.
O amor é convivência mais experiência, resultando no amadurecimento.
Gostar é quando uma pessoa conhece o teu lado melhor e gosta de ti. Amar é quando a pessoa conhece o teu lado pior, e mesmo assim quer ficar contigo. Essa é a diferença entre gostar e amar.
Antes de qualquer relacionamento, antes de tornar-se um casal, o ser humano é uma pessoa. Todos somos únicos. Por isso não se deve deixar de lado as particularidades.
Um tempo – para si – se faz necessário e é muito saudável.
Desculpem-me os apaixonados, os recém-casados, mas é preciso aceitar os fatos: casamento e prisão são muito parecidos.
Se você decide ter um relacionamento com alguém, é impreterivelmente importante saber que muita coisa vai mudar. Seu amorzinho poderá se transformar num mala, sem alça e sem rodinhas. Aquela linda e delicada garota por quem você se apaixonou poderá se transformar numa bruxa.
Infelizmente não se vive de amor. É no dia-a-dia, pagando as contas, dividindo as tarefas da casa, que se constrói um relacionamento.
Quando se decide ser um cônjuge, é com o outro, mesmo que sofrendo, que aprendemos a nos conhecer. Seja na alegria ou na dor, na saúde ou na doença.
Relacionamentos são isso: relacionar-se. E se relacionar é viver. Ninguém sabe viver, a não ser vivendo.
Dois dias, dois meses, dois anos ou duas décadas podem ser irrelevantes ou marcar uma história.
Coincidência ou destino? O que vale é a sua percepção. Ou seja, o teu discernimento e a tua loucura.
A única certeza é de que após o verão, virá o outono.
As crenças formam o ideal e os desejos, porém são as vivências que nos ensinam.
Eu te amo. Eu me amo. Eu nos amo. Ou seja, eu amo o nosso amor. Eu amo amar você. Eu amo amar o amor e o bem que este amor faz a mim.
Egoísmo? Não. Primeiro devemos nos amar, e assim estaremos preparados para amar, para dar amor, e para recebê-lo.
Relacionamentos são necessários. As vivências fazem parte da evolução.
O amor e a dor inspiram e piram.
Veja o especial das pessoas. Cada um é de um jeito único.
Se você está em dúvida sobre o seu relacionamento, ou até mesmo de alguma amizade, fique um tempo sozinho.
Se a ausência for pertinente, eis que se percebe a sua importância.
Brigas, desentendimentos e estresses fazem parte do pacote. Estava nas letrinhas miúdas do contrato que, com certeza, você não leu, porque estava embriagado de amor...
Um brinde à vida!

*Jeanine de Moraes
#blogueirafamosasqn