MIMIMI


Quando estava pensando sobre o título deste artigo, inicialmente pensei em DO CONTRA, mas sem seguida pensei em MUDANÇAS e, depois, decidi por SEM RÓTULO.
Por ser sem rótulo na questão de eu não querer denominar mesmo, e porque hoje há essa incrível necessidade de definir as pessoas. Jesus! Estamos em 2019 e ainda as pessoas precisam ser “classificadas”...
Me diz, quem te deu a liberdade para ficar falando da vida dos outros, hein?
Como a vida está, de fato, em nossas mãos, principalmente a vida alheia, intensificando cada vez mais as redes sociais, com postagens ilimitadas, até que acabe o limite da internet móvel, ou esteja fora da área de algum wi-fi.
Então, por ser “sem rótulo”, estou sendo bem “do contra” à prática atual, em que pessoas postam suas vidas em stories e status, como sendo algo incrível... e não que não seja, para quem publicou de fato é, porém, com esta observação é que eu escrevo agora para refletir na “mudança”, e no caso, a minha.
Mudei.
Não tenho mais saco.
Não tenho mais paciência.
Juro que tenho vontade de ficar off line por tempo indeterminado, de não saber de mais nada de ninguém, mas daí não posso porque ficarei alienada e uma alienígena.
Logo eu, que quando ouvia o som do modem conectando (a nova geração não tem noção do que era a internet discada) sentia um friozinho na barriga e que navegava no Orkut, Flogão, Facebook...
Logo eu, mudei.
E quer saber? Estou tão leve por não me importar (ou frustrar) com posts de amigos que vivem a vida muito bem e feliz sqn.
Logo eu, que já fui a rainha dos likes, hahaha.
Mas, isso não quer dizer que não vivo sem internet. Adoro vários canais no Youtube, o Netflix é uma maravilha, entre tantos sites com ótimos conteúdos.
Enfim, a blogueira famosa sqn tem cada vez escrito e postado menos, e não por não ter inspiração, é falta de vontade mesmo, e confesso, é a falta de acessos também. Mentira, não apenas os acessos, mas comentários, curtidas...
Mas, tudo muda, que bom, não é? É evolução que fala?
Numa época em que toooodomundoooo tem WhatsApp, Facebook e Instagram é difícil viver off line, porque é legal ver certas coisas, também as recordações... porém, confesso, me sinto incomodada... por isso sim, bloqueio, saio de grupo, desfaço amizade, posto privado, ou restrito... ou, bem do contra, não posto. Às vezes posto e deleto. Inclusive desativo contas, depois volto, sigo novamente e mudo de privado para público.
Prazer, essa sou eu.
Ih, fiquei uma chata! Aliás, mais chata, porque chata sempre fui.
Ok, parei de mimimi.
Quando estava pensando sobre o título deste artigo, inicialmente pensei em DO CONTRA, mas sem seguida pensei em MUDANÇAS, depois, decidi por SEM RÓTULO e, por fim, ficou MIMIMI.

*Jeanine de Moraes

NÃO REAJA


Diariamente tragédias ocorrem. As naturais, sejam tempestades e as causadas à natureza pelo ser humano, morte precoce, doenças e as de crimes.
Não há como medir a pior, porém quando acontece conosco, ou com o nosso vizinho, dói. E como dói.
Pois eu tenho propriedade de falar - expressão tão usada hoje em dia – sobre isso. A perda trágica do meu pai, por um terrível homicídio no dia seguinte dos meus 13 anos, aprofundou traumas que duramente enfrento até hoje.
Mas, aqui e agora, quero falar sobre um latrocínio que chocou a cidade de Estância Velha na manhã desta quarta-feira, e que me abalou muito, não por serem meus vizinhos há mais de quinze anos, mas por tamanha crueldade!
Gente, que dor!
Estou chocada com o que o ser humano – seria esse o ser racional – faz!
Não consigo fica sem reagir!
Perdi meu pai cruelmente e agora meus vizinhos, nesse crime que repercutiu a cidade, o estado e o país!!
Estou revoltada! Indignada!
Como não reagir?
Não reagimos aos problemas políticos, ficamos nas reclamações e na esperança de que o “novo” governante salve a pátria!
Reagir verbalmente hoje em dia é a prática mais usada. Nunca se escreveu e leu-se tanto em redes sociais e aplicativos. Isso também não quer dizer que as pessoas entenderam, mas, enfim, é outra questão, a de interpretação.
Aprendemos a nos controlar, a não reagir numa estupidez, não retrucar quando não estamos de acordo, principalmente se ouvimos de nossos pais ou a quem somos subordinados.
Mas como não reagir quando nos colocam frente a frente com pessoas hediondas que invadem nossa casa ou trabalho e abruptamente levam o que conquistamos com nosso suor, nosso esforço?
Só Deus para acalmar o coração da família Canova, assim como somente Ele para me fazer entender (porque aceitar ainda é complicado) que a vida é um sopro.
Meus maiores sentimentos Elaine, Grazi, Léo, Djulia Canova e Carol.
*Jeanine de Moraes