MULHER. Do rosa bebê ao rosa choque. Qual é o seu tom?



Acabei de ler o livro, conforme o título, da psicoterapeuta, psicóloga clínica, terapeuta de família e casal, Cris Manfro. ADOREI – com letras maiúsculas.
É daqueles livros que comemos as palavras, a cada página e capítulo queremos mais e mais.
Eu “conheci” esta psicóloga pela sua coluna semanal do Jornal NH, e desde então, a leio.
O livro - coincidentemente, ou não - foi uma sugestão de uma amiga, quando eu pedi uma indicação que me fizesse retornar ao mundo da leitura. Especificamente eu pedi uma sugestão de um livro que me fizesse resgatar a mulher dentro de mim.
Sendo graduada em Letras, curiosa por natureza, e leitora desde que me conheço por gente, sempre li muito. Porém, desde a minha gravidez até agora (minha pequena está com 1 ano e 9 meses), eu só estava interessada por assuntos de bebês.
É, já entra aqui um novo tom em minha vida: tornei-me mãe. E além de me tornar mais emotiva, minha preocupação, meu foco em assuntos e interesses centralizaram-se quase que unicamente na maternidade. Deixando assim, bem de lado, a vaidade, as minhas antigas preferências.
Mudei minhas prioridades, e, quando me dei conta eu estava vivendo unicamente para a minha filha.
Amo ser mãe, apesar de cansada, adoro todas essas atividades, preocupações, esse mundo infantil que eu e meu marido escolhemos.
Porém, acabei esquecendo de mim... e acabei me tornando uma pessoa TANTO FAZ, que eu tanto criticava, conforme escrevi noutro texto.
Gostei muito do livro, assim como gosto das crônicas e artigos da autora. Eu adoro assuntos que fazem o leitor refletir, analisar, aprimorar, se emocionar, se autoconhecer e autoanalisar-se.
Adoro escritores que falam dos sentimentos e do cotidiano, que tocam bem naquela nossa feridinha que não queremos aceitar.
Admiro os psicólogos, terapeutas e psicopedagogos. Devemos pensar na saúde mental, e não somente na física. É muito importante conversar com um profissional.
Felizmente eu tenho minhas psicólogas de plantão, as minhas psico-lokas, que me ajudam (muito) quando o bicho tá pegando.
Compartilhar vivências e poder expressar os sentimentos é muito importante para a evolução humana. É vital.
De médico e louco todo mundo tem um pouco, não é o que dizem? Creio que toda mulher tem um pouco de louca e de psicóloga.
Nós, mulheres, sempre estamos dispostas a ouvir, e comentar nosso ponto de vista. Na maioria das vezes sempre sabemos, ou até mesmo já vivemos algo parecido, ou seja, “ai, amiga, sei como é...”.
E sabemos mesmo. Quando não sabemos, achamos que sabemos, e na melhor das intenções queremos ajudar.
Voltando a leitura, cheguei a conclusão do que eu já tinha quase certeza: dentro de mim existem muitas Jeanines.
Ou, como pergunta a autora, eu respondo: tenho muitos tons dentro de mim. E não apenas do rosa bebê ao rosa choque. Minha cartela de cores é imensa!
Na leitura deste livro me identifiquei muitas vezes. Vi amigas, minha mãe, irmã... e cheguei a conclusão de que muita gente deveria pensar em terapia.
Tem gente que, assim como eu, tem um certo receio de falar da sua vida para um estranho, ou seja, alguém que estamos começando a ter contato.
Como eu faço, eu sugiro que se comuniquem, verbalizem!
Ou então, escreva para uma amiga, ou amigo, de confiança. O importante é desabafar. Quem sabe se expondo no Facebook, ou escrevendo numa agenda ou caderno. Pode ter certeza que vai ajudar!
Ler, conversar, trocar experiências, ou então, como eu chamo, “exorcizar” os fatos ajuda, e muito.
Como fala Cris Manfro, devemos nos questionar sobre nossas verdades e dúvidas.
Ser mulher, hoje em dia, não é nada fácil. Concordo que muitas vezes complicamos demais, fantasiamos demais, falamos demais, nos irritamos demais... mas tudo isso porque somos intensas!
São turbilhões de emoções, de responsabilidades, preocupações, obrigações, ocupações com o trabalho (remunerado e do lar), compras, contas, família, amigos, lazer, sexo, a faxina da casa...
Viver é ter experiências. Viver é evoluir.
Devemos aproveitar esta vida, cada dia, pois, como escreveu Gabriel Garcia Marques: “A vida não é a que a gente viveu, mas a que a gente lembra e, como lembra dela, pode contá-la.”.
* Jeanine de Moraes

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Jeanine!!! Sabe que eu adoro ler a coluna da Cris Manfro tbm?! puxa, viu, mais uma coicidência (além de termos feito Letras, sermos mto curiosas, mães coruja, hehe). Eu já sabia do livro dela, prá variar ainda nao comprei, mas pretendo. Ela tem um jeito muito bom de escrever que parece que tá falando com a gente, né? Vi a Isa no post anterior, que foooofa, tri sorridente. Bah, isso que tu comentou de a gente ficar só focada na "cria" acontece mesmo, sei por experiência, mas temos que continuar nossas atividades na medida do possível e tentar conciliar tudo de maneira harmoniosa. Mês passado eu voltei a fazer minha hidro, o inglês eu não parei nem qdo tava grávida, comecei no avançado com o barrigão bem "avançado" tbm, rsrsrs. Trabalhando, namorando, estudando, assistindo discovery kids, amamentando , brincando de pega-pega, rolando no chão, eita, como é bom ser mãe e mulher!
Adoro o teu jeito de escrever tbm, vê se publica algo amiga, serei tua leitora!!!
Beijão, Elisa (desculpa o comentário-livro, hehe)