NÃO REAJA


Diariamente tragédias ocorrem. As naturais, sejam tempestades e as causadas à natureza pelo ser humano, morte precoce, doenças e as de crimes.
Não há como medir a pior, porém quando acontece conosco, ou com o nosso vizinho, dói. E como dói.
Pois eu tenho propriedade de falar - expressão tão usada hoje em dia – sobre isso. A perda trágica do meu pai, por um terrível homicídio no dia seguinte dos meus 13 anos, aprofundou traumas que duramente enfrento até hoje.
Mas, aqui e agora, quero falar sobre um latrocínio que chocou a cidade de Estância Velha na manhã desta quarta-feira, e que me abalou muito, não por serem meus vizinhos há mais de quinze anos, mas por tamanha crueldade!
Gente, que dor!
Estou chocada com o que o ser humano – seria esse o ser racional – faz!
Não consigo fica sem reagir!
Perdi meu pai cruelmente e agora meus vizinhos, nesse crime que repercutiu a cidade, o estado e o país!!
Estou revoltada! Indignada!
Como não reagir?
Não reagimos aos problemas políticos, ficamos nas reclamações e na esperança de que o “novo” governante salve a pátria!
Reagir verbalmente hoje em dia é a prática mais usada. Nunca se escreveu e leu-se tanto em redes sociais e aplicativos. Isso também não quer dizer que as pessoas entenderam, mas, enfim, é outra questão, a de interpretação.
Aprendemos a nos controlar, a não reagir numa estupidez, não retrucar quando não estamos de acordo, principalmente se ouvimos de nossos pais ou a quem somos subordinados.
Mas como não reagir quando nos colocam frente a frente com pessoas hediondas que invadem nossa casa ou trabalho e abruptamente levam o que conquistamos com nosso suor, nosso esforço?
Só Deus para acalmar o coração da família Canova, assim como somente Ele para me fazer entender (porque aceitar ainda é complicado) que a vida é um sopro.
Meus maiores sentimentos Elaine, Grazi, Léo, Djulia Canova e Carol.
*Jeanine de Moraes

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