[ da série: 'Devaneios Poéticos' ]




DOCE NOSTALGIA
Quando chove eu fico feliz.
É como se minha infância, meu espírito infantil e livre ressurgisse... de repente...

Essas gotas frias e tão belas!
Tantos momentos alegres vivi, em meio a uma chuvarada de verão.

Essa chuva limpa meu coração, molha e revigora meu corpo!
Corpo não mais infantil, rosto, mente não mais tão inocentes!

Ainda me entrego totalmente a essa alegria!
Esse mágico momento...
Doce chuva, doces lembranças!

Ainda que não me compreendas, continuo feliz... pois sou como a chuva, com seus chamativos trovões, como uma forma de aviso... uma demonstração de alegria e de tristezas...

Às vezes sinto necessidade de ser trovão!
E como suas gotas, tão geladas, às vezes são as minhas lágrimas...que tento disfarçar...

A água da chuva, tão pura, tão necessária, é um lindo estado da natureza, que eu admiro, e necessito, e não apenas como os seres vivos e as plantas necessitam de água para não morrerem...
Necessito de chuva, é como se eu pudesse lavar a alma...

Para ti, talvez seja apenas um dia sem sol...
Porém, para mim, são lembranças! Que saudade!

E em meus tristes momentos, esta chuva, me traz a lembrança de uma vida que tive... 
...quando eu simplesmente vivia, e me divertia, com trovões e gotas geladas!
*Jeanine de Moraes

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