INDEPENDÊNCIA... ou morte!

Eu sou independente, e muito dependente.
Independente para assumir as minhas responsabilidades e correr atrás (por minha conta) do que desejo. A vida me ensinou muito cedo que se eu não fizer por mim, cair do céu, só chuva, e vez que outra, avião.
Dependo de muita gente para ser feliz. Mas, dependo de uma forma boa: do amor que recebo, do carinho, da atenção, do sorriso, do abraço. Isso tudo é vital para mim.
Se é que dependência é sinônimo de algo bom...
Adoro a minha companhia, mas morreria sem pessoas ao meu lado.
Acho que conversaria com formigas, se assim acontecesse.
Quando eu falo de mim, das minhas dores, é porque me sinto bem quando aquilo que me faz sentir muito mal é colocado pra fora.
Preciso desabafar... ou eu iria explodir.. BUUUM!
Para alguns isso pode ser ingenuidade...
Será? Que se danem quem pense assim!
Caio Fernando Abreu tinha razão quando disse que "A gente nunca perder por ser puro, por ser ingênuo, por querer dar amor. Quem perde é o outro, que não sabe receber!"
Tem horas que cansa. Eu ando cansada de pedir... pedir... de chamar a atenção.
Tolerância e acomodação.
Quero tanto ser feliz. Será utopia mesmo? Quero demais? Sou exigente demais... será?
Mas, como eu disse outra vez, amor não se pede, é gratuito, é reciprocidade.
Finalizo com outro pensamento do Caio Fernando Abreu, que podia muito bem ser meu:
"Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber.”
*Jeanine de Moraes

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